segunda-feira, 17 de maio de 2010
TRANSFORMAÇÃO
E a vi tão linda.
No olhar,
algo reluzente.
O sorriso
apenas transparente.
E vi minha menina,
a divagar.
Somente a sonhar.
Tentei imaginar,
os sonhos da donzela,
mas eram só dela.
Então entendi
os seus anseios.
E aceitei
seus devaneios.
Não sem antes pensar
naquele alguém
que parecia ocupar
todos os espaços.
Descontrolava-me os seus passos.
Imaginei um ladrão
a roubar seu coração.
Logo, encontrei a razão.
Sufoquei o ciúme,
para não vir a lume.
Tornei a olhar,
e vi a menina
aprendendo a amar.
Imaginei a mulher
que se transformará.
Esse escrevi para minha filha Thaís. Foi em 17/10/2004, ela estava com dezessete anos e começando a amar.
Vale a pena relembrar!
Acho que vale a pena blogar!
QUISERA
Quisera poder conhecer todos os teus desejos
Partilhar dos teus pensamentos
Sentir os teus anseios
E quem sabe... viver os teus momentos
Quisera não conhecer a esperança
Mas viver na certeza
Me desgarrar das lembranças
Me esquecer da tristeza.
Quisera em teus braços
Me fazer mulher
Na ternura dos teus afagos
Me sentir crescer
Quisera desabrochar em tuas mãos
Plantar tuas raizes em minhas entranhas
E florescer no teu coração
Quisera em meus braços te acolher
Em meus seios te embalar
O mesmo caminho percorrer
E dentro de mim te cravar
Quisera deixar meu amor germinar
E cultivar essa semente sentindo em mim aninhar
E vivê-la intensamente
Quisera viver em você
Quisera... ter você
Quisera...
Essa poesia eu fiz há uns trinta anos, ainda jovem e apaixonadíssima. Anos mais tarde, creio que em 2000, já casada e com filhos, minha filha pré-adolescente queria participar de um concurso no Grêmio Literário de Bangu. Ela estava indecisa e para incentivá-la resolvi inscrever Quisera, que ficou em 7° lugar (adulto) e a dela (Mãe) em 5° (infanto-juvenil), ambas fizeram parte da coletânea daquele ano. Resolvi blogar porque além de gostar muito, ela é especial, foram sonhos que se concretizaram.
foto: Internet
Marcadores:
amor,
concurso,
coração,
desejos,
lembranças,
mulher,
pensamentos
INSÔNIA
Ela chega devagar,
mais uma duelo a travar.
Não posso pensar
tenho que relaxar.
Imóvel ficar.
Ouço sons a ressoar,
carros, motos a passar,
e ainda, gente a falar.
Enquanto eu a divagar,
ao som da bica a pingar.
O ar começa a pesar,
no ouvido a chiar.
O coração parece disparar,
e a noite se alongar,
ninguém para conversar.
E por não aguentar,
resolvo levantar,
talvez uma revista folhear,
algo para me acalmar,
e as horas não contar.
Decido... vou à janela olhar.
Uns já vão trabalhar,
outros foram farrear,
alguém o lixo a catar,
e alguns só "notivagar".
Volto a deitar,
em vão tento descansar,
quero sonhar,
melhor seria transar,
mexo, remexo... já é hora de acordar!
mais uma duelo a travar.
Não posso pensar
tenho que relaxar.
Imóvel ficar.
Ouço sons a ressoar,
carros, motos a passar,
e ainda, gente a falar.
Enquanto eu a divagar,
ao som da bica a pingar.
O ar começa a pesar,
no ouvido a chiar.
O coração parece disparar,
e a noite se alongar,
ninguém para conversar.
E por não aguentar,
resolvo levantar,
talvez uma revista folhear,
algo para me acalmar,
e as horas não contar.
Decido... vou à janela olhar.
Uns já vão trabalhar,
outros foram farrear,
alguém o lixo a catar,
e alguns só "notivagar".
Volto a deitar,
em vão tento descansar,
quero sonhar,
melhor seria transar,
mexo, remexo... já é hora de acordar!
Assinar:
Postagens (Atom)